quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Promoção de Natal

ATENÇÃO!!!!!!!


Devido ao grande número de acessos para a nossa promoção, estaremos elegendo as 2 (DUAS) melhores respostas que serão premiadas com as camisas do blog Visões do Turismo!

Com isso, a promoção se estenderá até o dia 30 de dezembro.


Resultado dia 5 de janeiro!


Estimados amigos leitores,

O Natal está chegando e Visões do Turismo irá presentear um de seus leitores com uma camisa do blog.

Para participar da promoção basta enviar email para
visoesdoturismo@gmail.com com nome completo, email, telefone, instituição de ensino e a resposta da pergunta: O que é Turismo pra você? (até 3 linhas)

O autor da melhor resposta receberá uma camisa do Visões do Turismo!

Atenção: só serão consideradas as respostas enviadas até o dia 19 de dezembro de 2008 (sexta-feira)!

O resultado da promoção será divulgado aqui no blog no dia 22 de dezembro de 2008 (segunda-feira).

Aguardamos seu email!
Visões do Turismo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Onde é que eu tô mesmo?

“A sinalização turística faz parte de um conjunto de indicações de trânsito que tem por finalidade orientar os usuários, direcionando-os aos destinos pretendidos”. Essa é a definição do Guia Brasileiro de Sinalização Turística. Outras características da sinalização turística são a padronização, a linguagem clara e o tamanho ideal da placa para leitura, proporcionando uma difusão dos atrativos do município em questão.

Quando a sinalização turística é bem planejada, ela é capaz de fomentar a visitação nos atrativos turísticos, facilitar o acesso e a locomoção dos turistas pela cidade e até os locais de interesse e inclusive é responsável por um ambiente sustentável, na medida que evita congestionamentos e melhora a mobilidade e a qualidade de vida regional.

No Rio de Janeiro, o sistema de sinalização encontra-se em colapso. O que vem ocorrendo, é que além da escassez de placas e sinais que orientem a locomoção dos turistas e até mesmo dos próprios moradores, a sinalização existente vem sendo vandalizada e adulterada. Os dois principais motivos para essa ocorrência são a falta de civilidade e má fé. O primeiro, pela simples e corriqueira falta de instrução da população, que não tem idéia dos gastos necessários para a recuperação dessas placas. Já a segunda, vem ocorrendo pelo oportunismo de um determinado grupo de pessoas, que ao adulterar as placas, se vendem como guias para os turistas perdidos.

Esses casos são sérios e reais. Um exemplo foi um grupo de turistas de São Paulo, que em 2007 foram assaltados no caminho para o Cristo Redentor. A placa de sinalização do ponto turístico estava pichada e o grupo entrou em um dos acessos da favela Cerro-Corá.

A sinalização do município do Rio de Janeiro se encontra em estado tão alarmante, que em pesquisa do Ministério do Turismo a respeito de reclamações de turistas, ocupou a quarta colocação de críticas, ficando atrás apenas da segurança pública, limpeza da cidade e serviços de Internet.

Sendo assim, é importante que se tomem medidas capazes de melhorar o aproveitamento da sinalização existente no Rio e que se faça um planejamento para instalação de outras em locais estratégicos, já que mesmo com a instalação de cerca de 500 placas pela cidade em 2007, o nível de sinalização continuou deficiente e os problemas persistem em ocorrer.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Receptivo qualificado...ou não!

Falar de receptivo qualificado é falar de hospitalidade, da forma como os turistas são recebidos no Rio de Janeiro e que imagem levarão para casa. Como estagiária da Riotur, no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, afirmo que o receptivo da nossa cidade deixa a desejar.

Se o turista não vier com o pacote fechado, incluindo transportes, hotéis e passeios, ele certamente terá problemas. A começar pelos taxistas do aeroporto que, disputando o passageiro quase que agressivamente, assustam os turistas que já chegam ao Rio, receosos.

Muitos desses taxistas são mal intencionados e cobram preços muito mais elevados do que marcaria o taxímetro. Tirando pouquíssimos seguranças que alertam os passageiros, a maioria faz vista grossa e, esses taxistas conhecidos como “bandalhas” levam grande quantidade de turista.

Da mesma forma, os balcões de informações turísticas nos aeroportos, apesar da boa vontade de muitos funcionários, não têm uma estrutura adequada. Faltam computadores para um atendimento melhor, os telefones sempre com mau contato, faltam informações por parte da Riotur acerca das atualizações e novidades dos atrativos turísticos e/ou programação da cidade. Além da estrutura precária do balcão em si.

No entanto, mesmo os passageiros que vêm com os pacotes fechados podem se decepcionar na recepção. Quando não tem ninguém na saída aguardando o passageiro. Ora por falta de comunicação entre as transportadoras e as agências, ora devido aos atrasos constantes por causa do caos do trânsito na nossa cidade.

Portanto, é lastimável o descaso para com a recepção dos turistas, e de certa maneira preocupante, por que já se sabe que a hospitalidade é um fator decisivo no retorno ou mesmo de indicação de um turista à localidade.

Como disse Luiz Strauss, presidente da ABAV Rio: “São vários os gargalos que dificultam o turismo numa grande cidade como o Rio de Janeiro. Falta de infra-estrutura aeroportuária, portuária e rodoviária; falta de sinalização turística apropriada; receptivo qualificado; verbas para promoção do destino através da Riotur. A desordem urbana continua sendo um dos principais vilões do Rio, pois passa uma sensação de insegurança aos turistas”- respondendo a uma pergunta da TuriNews, o Jornal do Turismo Brasileiro, acerca dos fatores prejudiciais ao turismo no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Aero" o quê?

Os terminais de transporte são verdadeiros cartões de visita de qualquer cidade ou país, assim como o velho ditado: “A primeira impressão é a que fica!” Para isso, muitos aeroportos, rodoviárias, portos e estações de trem de todo o mundo vêm se modificando e diversificando seus serviços. Podemos citar como exemplo o aeroporto de Changi, em Cingapura, que organiza passeios de ônibus pela cidade para passageiros em trânsito.

Analisando a infra-estrutura aeroportuária de nosso país, esbarramos com uma atuação passiva da então administradora dos aeroportos brasileiros – Infraero. A competição entre os aeroportos, e conseqüentemente entre suas cidades sedes, é quase nula devido ao monopólio estatal existente no Brasil. Com uma administração central, os aeroportos que mais arrecadam não vêem o resultado de seu trabalho reinvestido no próprio terminal. Isto ocorre devido aos demais terminais deficitários do país.

Aqui, disputar cada cliente é papel exclusivo das empresas aéreas, enquanto vemos, aos níveis internacionais, esta disputa sendo praticada entre os competitivos aeroportos. A árdua batalha para atrair turistas faz com que, cada vez mais, os terminais de transporte, em concomitância com políticas públicas e iniciativas privadas focadas no turismo, se imponham com extrema relevância para o turismo. Esta parceria é imprescindível para o sucesso de uma gestão aeroportuária, principalmente para o desenvolvimento socioeconômico desta região por meio do turismo.

É legítimo afirmar que a aplicação de novas tecnologias, a diversificação de serviços, o incentivo à permanência do passageiro, entre outras ações fazem com que o turismo se desenvolva de forma mais expressiva e acelerada. A falta de competitividade entre os terminais de nosso país é uma discussão importante e pela qual alguns acreditam que a sua privatização será a melhor solução. Mas e ela? Quando chegará?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Plano Diretor de desenvolvimento turístico de Paraty


Complementando o assunto, plano diretor de turismo, falaremos de como o PDDT da cidade de Paraty vem sendo útil para a construção de uma atividade turística bem estruturada e com vistas à sustentabilidade.

Um Plano diretor possibilita aos gestores da localidade identificar quais os problemas atuais e em que eles podem se transformar no futuro, através de um diagnóstico e prognóstico, respectivamente. E, a partir disso, desenvolvem-se projetos e ações para minimizar os impactos negativos e fomentar os positivos.

Após analisarmos o plano diretor de desenvolvimento turístico de Paraty(2003), destacamos alguns itens citados no diagnóstico e alguns no prognóstico para mostrar como uma ferramenta como essa pode ser útil ao planejamento turístico.



Diagnóstico:


-Rede de ônibus com equipamentos precários;


-Transporte aéreo representa apenas 0,4% e o aeroporto está em péssimas condições;


-Problemas no abastecimento de água na alta temporada;


-Rede de esgoto precária por causa do solo argiloso gera péssimo odor no centro;


-Coleta de lixo não é suficiente na alta temporada;


-Fornecimento de energia apresenta constantes blackouts, principalmente nas alta temporada;


-Problemas com a segurança dos turistas nas praias pela baixíssima quantidade de salva-vidas;


-Falta de plano de evacuação da cidade em caso de acidente na usina nuclear de Angra;


-Placas de sinalização estão padronizadas, porém não oferecem boa visualização;


-Construção do portal de entrada que vai diminuir a entrada de ônibus de excurssão;


-Centro de informações turísticas faltando material impresso com informações para o visitante, principalmente em outras línguas como inglês, espanhol e francês;


-79,6% das empresas em Paraty são direta ou indiretamente ligadas ao turismo;


-Exportação gerada pela atividade turística: R$ 94.879.000,00 (pouco fica na cidade pela grande quantidade de serviços importados);


-Mais da metade da PEA trabalha com o turismo, no entanto há pouca qualificação;


-O meio ambiente vem sofrendo grande impacto negativo devido a falta de planejamento e controle da atividade turística;


-Dados do turista que visita Paraty: 83,5%(se hospeda na região central) / R$ 427,35 (Gasto médio do turista) / 18 a 25 e 35 a 50 (Faixa etária) / 3.000 a 10.000 (renda familiar) / 50% dos turistas domésticos vêm de SP e 38% vêm do RJ / 13,5% de turistas estrangeiros.


-Foi elaborado um estudo da capacidade de carga das 39 praias da Baía de Paraty;


Prognóstico:
(Quadro esperado entre 2 a 5 anos)



-Falta cada vez mais frequente de luz e água durante a alta temporada;


-Saturação de hotéis e pousadas na região central da cidade;


-Problemas estruturais com o excesso de campings na praia do sono;


-Aumento da especulação imobiliária;


-Aumento da pressão pela construção de empreendimentos turísticos em unidades de conservação;


-Expansão desordenada da atividad turística em áreas naturais;


-Descaracterização de alguns festejos locais;


-Utilização inadequada do patrimônio étnico-cultural, tornando negros e índios em produto;


-Aumento desordenado do fluxo de turistas;


-Abandono do emprego por grande parte da população para trabalhar no turismo;



Portanto, com essas características é possivel desenvolver planos, projetos e ações específicas para evitar os maus impactos e incentivar os bons. Por esse e outros motivos, é que as cidades que pretendem viver do turismo como atividade econômica e geradora de renda não devem deixar de desenvolver seu Plano diretor de Turismo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Plano Diretor de Turismo

Para darmos continuidade ao tema Planejamento, é importante falarmos de Plano Diretor de Turismo. Um respaldo que as prefeituras nem sempre têm e, quando têm, normalmente, trata-se de um Plano desatualizado.

O processo de elaboração de um Plano Direto de Turismo não é um processo muito simples e demanda uma série de implicações além de, claro, turismólogos capacitados. O processo consiste na organização de inventários com aspectos gerais e turísticos, diagnóstico da realidade local, prognóstico estabelecendo diretrizes, programas e projetos a serem realizados para organizar o turismo, sua implementação e seu controle.

A princípio, organiza-se um inventário dos aspectos gerais da cidade como tamanho da população, delimitação territorial, aspectos climáticos, legislação, levantamento de infra- estrutura básica, pública e turística, além de dados culturais, sociais, econômicos e ambientais entre outros. Em relação ao turismo, são contabilizados todos os atrativos com potencial turístico, considerando suas características principais e segmento em que se enquadra.

Em seguida, é feito um diagnóstico, ou seja, uma análise do turismo como ele está sendo realizado, considerando sua demanda e inventário, suas potencialidades, deficiências, necessidades e oportunidades para um direcionamento maior do planejamento local. Ainda para o diagnóstico, são utilizados instrumentos de pesquisa, como questionários realizados com população e empresas do mercado turístico, para saber de uma maneira mais precisa o perfil da comunidade e do mercado turístico e de seus interesses.

Só então é possível fazer um prognóstico com propostas, diretrizes, programas e projetos para a região. Essas ações teriam como meta a organização do turismo através da sustentabilidade e da gestão participativa, contando com parcerias públicas e privadas.

Assim, vemos que o plano diretor de turismo tem como principal finalidade melhorar o setor turístico da cidade. Esses projetos podem estar vinculados às políticas públicas de acesso, transportes e sinalização; às políticas ambientais, histórico-culturais, sociais, econômicas e outras. Além disso, as prefeituras devem ter um controle das atividades realizadas, monitorando através de dados estatísticos e ouvidoria com a população a maneira como o turismo está sendo gerido e praticado pela prefeitura e pelo mercado.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

E você? Está por dentro do turismo?

Quando pensamos em qualquer meta que queremos atingir, ponderamos sempre de que maneira poderemos nos preparar melhor para alcançá-las, ou seja, como iremos planejar todo o percurso para chegarmos até elas. Com o turismo não é diferente, cada vez mais percebemos a necessidade do planejamento para a realização de qualquer ação no setor.

Sendo assim, para planejar o turismo é necessário que se conheça toda a oferta turística e infra-estrutura básica de determinada região, as características da demanda e da população local, a legislação aplicada dentro daquele ambiente e os programas e ações do Ministério do Turismo.

E você leitor, já conhece todos os macroprogramas, programas e ações do Ministério do Turismo? Não?! Pois bem, é de suma importância saber que é com o desempenho dessas atividades, que estão sendo planejadas e desenvolvidas para fomentar o turismo no Brasil, que o Ministério pretende aumentar o número de empregos, de renda e de inclusão social no território nacional.

Tendo em vista esses objetivos, se faz necessário conhecer os macroporgramas do Ministério, que se dividem em 8 e englobam planejamento e gestão, informação e estudos turísticos, logística de transportes, regionalização do turismo, fomento à iniciativa privada, infra-estrutura pública, qualificação de equipamento e serviços turísticos e promoção e apoio à comercialização.

Fazendo uma análise mais minuciosa do macroprograma de planejamento e gestão, veremos que ele conta com 3 programas: o programa de implementação e descentralização da política nacional de turismo, o programa de avaliação e monitoramento do plano nacional de turismo e o programa de relações internacionais. Em suma, esses programas buscam formular e sistematizar a Política Nacional de Turismo no Plano Nacional de Turismo, assim como acompanhar, avaliar resultados e propor adequações nesse processo e desenvolver relações institucionais com outros países, objetivando a promoção do turismo e a troca de experiências no setor.

Para mais informações sobre os macroprogramas do Ministério do Turismo, acesse: http://www.turismo.gov.br/

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Post do leitor!

O visões do turismo está sempre aberto a textos e ou sugestões por parte de seus leitores. Hoje, iniciando a coluna "post do leitor", temos o texto da Aluna da UNIRIO Bruna Lobão, do 8º período de Turismo.
A aluna aborda o tema "cursos de especialização de Turismo no exterior", contribuindo, assim, para o nosso tema atual sobre mercado de trabalho turístico.


Enquanto aluna de turismo na Unirio vivenciei diversas mudanças no mercado turístico e acredito que atualmente o mercado está em busca de profissionais cada vez mais especializados. Porém muitos profissionais são criticados por investirem demasiadamente em cursos de pós - graduação, mestrado, doutorado e não possuírem qualquer experiência no mercado.

Essas críticas são válidas, mas como seria possível ter experiência num mercado que busca profissionais especializados?! O ideal é que exista um equilíbrio entre essas especializações e a atividade profissional.

Tendo em vista esses requisitos modernos e sendo fortemente influenciada pelos meus pais e por minha irmã, recentemente fui a uma feira internacional que tinha por objetivo divulgar os cursos de pós - graduação das universidades do Reino Unido. Tentei ao máximo extrair informações sobre cada universidade e programas de bolsas de estudo. Isso me encheu de esperança quanto ao meu futuro profissional. Felizmente, a maior parte das universidades que participavam da feira ofereciam cursos de especialização diversas áreas do turismo.

A jornada para conseguir uma bolsa de estudos no exterior não é fácil. Experiência profissional mínima de 2 anos na área de interesse, um currículo que se destaque, cartas de recomendação e certificados que comprovem a fluência na língua inglesa são só alguns dos diversos requisitos para conseguir a sonhada scholarship. A maior parte das universidades tem seus requisitos próprios e é preciso primeiro ser aceito na universidade por meio de um projeto que possua uma relevância acadêmica e boas justificativas para depois se candidatar a uma bolsa de estudos.

Devido a essa especificidade é preciso realizar uma pesquisa, garimpando as informações de cada curso oferecido por cada universidade pela internet. Para facilitar os que se interessarem pelo assunto, segue abaixo um quadro com o endereço eletrônico das universidades e os cursos que elas oferecem:



EF Brittin College
www.ef.com/study_uk
Hotelaria e Turismo


Guildford Colleg
www.guilford.ac.uk/international
Destaque na área de Negócios e Turismo


London Metropolitan University
http://www.londonmet.ac.uk/
Turismo


Oxford House College
http://www.oxfordhousecollege.co.uk/
Hotelaria e Turismo


University of the Arts London
www.arts.ac.uk/international
Viagem e Turismo e Novas tendências de mídia turística


University of Central Lancashire
http://www.uclan.ac.uk/
Hotelaria e Turismo


University of Glamorgan
http://www.glam.ac.uk/
Hotelaria e Turismo


University of Northampton
http://www.northampton.ac.uk/
Negócios e Turismo e Marketing turístico


University of Westminster
http://www.wmin.ac.uk/
Hotelaria e Turismo


Para saber mais sobre bolsas de estudos consultar os sites:

Programa de Bolsas Chevening, bolsas para universidades no Reino Unido -
http://www.britishcouncil.org/ ou http://www.chevening.com/

Programa de Bolsas Erasmus, bolsas para universidades em países da União Européia –
www.britishcouncil.org/erasmus ou www.ec.europa.eu/education

Programa de Bolsas Endeavour, bolsas para universidades na Austrália –
http://www.endeavour.deewr.gov.au/

Programa Alban, bolsas de estudos para estudantes da América Latina -
http://www.programalban.org/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Regulamentar ou Não Regulamentar? Eis a Questão!

Após algumas postagens sobre mercado de trabalho, o Visões do Turismo decidiu abordar um tema de extrema importância para o futuro de nossas carreiras como turismólogos. Calma, ainda seremos (ou somos) bacharéis em Turismo, nada de turismólogos por enquanto! Pelo menos sob a ótica da regulamentação da profissão em nosso país, continuamos bacharéis. Este assunto está tramitando em poder de nossos governantes há alguns longos anos e simpósios, encontros, reuniões, entre outros são realizados entorno desta questão.

Existe uma grande discussão entre os que apóiam a regulamentação e os que são contra. Alguns defendem que ao regulamentarmos a nossa profissão, muitas pessoas perderiam seus empregos já que haveria piso salarial, obrigatoriedade de formação acadêmica do empregado, entre outras restrições que afetariam diretamente o mercado turístico.

Por outro lado, os que ainda resistem e lutam pela regulamentação afirmam que existem diversos motivos para a regulamentação. Um deles é que somos prejudicados devido à invasão de profissionais de outras áreas. Geógrafos, economistas, historiadores, administradores, entre muitos outros atuam intensamente em nosso mercado. Conquistar nosso lugar ao sol nesse grande e tentador mercado, que para economistas visionários é o que mais se desenvolverá na próxima década, é uma árdua e longa caminhada.

Não podemos deixar de expor que o turismo possui suas interdisciplinaridades e que sobrevive devido às suas interfaces com as ciências econômicas, a geografia, a história, a museologia, etc. Mas para isso existe a graduação em turismo! É justamente pelos nossos 4 anos de graduação, mais 2 anos de mestrado, 2 anos de doutorado, entre outras pós-graduações que o profissional do turismo está capacitado a interagir com as diversas áreas que o turismo exige.

A tramitação do projeto de lei de regulamentação da profissão apresentado em 2002 ainda se encontra na Câmara. O comodismo por parte de alguns e a contrariedade de outros fazem com que a pressão aos nossos governantes seja quase nula. Para que nossas reivindicações sejam atendidas é necessário questionar, fiscalizar, pressionar!

Link com a tramitação da proposição de regulamentação da profissão de turismólogo:


http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=54934

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Visões do Turismo entrevista Fernanda Paiva

Para entendermos melhor o mercado de trabalho turístico, fizemos uma entrevista com a estudante de turismo da UNIRIO, Fernanda Paiva.

1 - Qual sua formação?
Curso o 6° período de bacharelado em turismo na UNIRIO.

2 - Você está inserida no mercado de trabalho turístico? Quais são suas atividades?
Trabalhei com mercado emissivo na venda de pacotes na agencia e na operação com mercado receptivo internacional. Depois estagiei em uma operadora de receptivo local cujos principais produtos eram tours na cidade do Rio de Janeiro. Começo no inicio do proximo mês um novo estágio em um outra operadora internacional, mas na parte de incentivos.

3 - O que você acha do mercado de trabalho turistico?
O mercado de trabalho é em geral é amplo, mas as maiores oportunidades estão em agências e operadoras de turismo, trabalhos que considero muito operacionais.

4 - Como você se vê daqui a 5 anos?
Em relação às minhas expectativas é um pouco complicado, pois entrei na faculdade sem um objetivo específico dentro do turismo e acredito que até o momento ainda não encontrei exatamente o que quero. Achei válidas as experiencias que tive pra saber o que não fazer. A única certeza é fazer uma pós-graduação ligada ao turismo.

5 - Na sua opinião, quais são as tendências do mercado de trabalho turístico
para os próximos anos?
Acredito que o mercado de trabalho tende a crescer com o próprio turismo. Além disso há cada vez mais a preocupação com a qualidade e diversificação de produtos, o que exige mão-de-obra qualificada para todos os setores do turismo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Visões do Turismo entrevista Carla C. L. Fraga!

Para entendermos melhor o mercado de trabalho turístico, fizemos uma entrevista com a Turismóloga da Ass.Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais, Professora Universitária (UNIRIO/UNESA/SUAM) e Mestranda em Eng.de Transportes PET/COPPE/UFRJ Carla Fraga.

1 - Qual sua formação?
Turismóloga e Especialista em Gestao de Negocios pela UFJF e Mestre em Engenharia de Transportes pela COPPE/UFRJ.

2 - Você está inserida no mercado de trabalho turístico? Quais são suas atividades?
Turismóloga da Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais , Professora Universitária da UNIRIO, UNISUAM e UNESA para os Cursos de Turismo. Pesquisadora e Consultora.

3 - O que você acha do mercado de trabalho turistico? As suas perspectivas foram atendidas desde que você se formou até o presente momento?
O mercado de trabalho em turismo é amplo, mas precisa de profissionaisempreendedores. Minhas perspectivas estão sendo atendidas, a medidaque vou empreendendo e descobrindo as oportunidades.

4 - Como você se vê daqui a 5 anos?
Como meta pretendo aprimorando meu trabalho como docente, a partir das pesquisas e da prática no mercado.

5 - Na sua opinião, quais são as tendências do mercado de trabalho turístico
para os próximos anos?
Na minha opinião, a grande tendência é perceber as subjetividades e necessidades dos variados atores sociais envolvidos na atividade turística e empreender o turismo no cotidiano com diferencial especifico a cada nicho.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Paz? Não, Paes!

Tristeza, esse foi o sentimento que eu tive ontem ao saber da vitória de Eduardo Paes. Não me leve a mal, não é que eu seja um profundo defensor de Fernando Gabeira, que apesar dos pesares, considero ter a característica mais importante para o mundo político, a integridade. Minha postura política se deve muito mais ao desgosto por Eduardo Paes, do que por um amor ao seu adversário.

Mas de que adianta chorar, o fato é que Paes é o próximo prefeito do Rio de Janeiro e eu espero do fundo do meu coração que ele faça bem para esta cidade. O que nós, eleitores, podemos fazer é ficarmos atentos a todas as suas propostas e promessas e cobrar que elas sejam transformadas em ações ao longo desses próximos 4 anos.

As principais propostas de Paes em relação ao turismo foram a de construir um centro de convenções no Aterro do Flamengo, transformar o Porto e o entorno do Maracanã em áreas turísticas, transformar Copacabana na capital brasileira do turismo de terceira idade, reduzir o ISS da área de turismo, manter normas que preservam casarões e prédios de interesse cultural, além de investir na divulgação da cidade no país e no exterior. Relativamente pouco para uma cidade do porte turístico do Rio de Janeiro, que não conta nem com um plano diretor de turismo e parece que vai continuar sem um.

Além das promessas no setor turístico, existem diversas outras que afetam o turismo diretamente. Ações como a implantação do bilhete único de transportes, reorganizar o sistema de ônibus, implantar a linha 4 do metrô ligando a Barra e Botafogo, acabar com a aprovação automática, dar poder aos guardas municipais, construir 40 UPAs, criar um plano emergencial contra a dengue, criar corredores iluminados em áreas que concentram bares e restaurantes e levar saneamento básico para 100% da zona oeste.

Entre compromissos interessantes, sensacionalistas e muito difíceis de serem cumpridos, senti a falta de qualquer tipo de proposta para o aeroporto internacional, principal porta de entrada da cidade e essencial para qualquer destino que almeje sediar uma Copa do Mundo ou as Olimpíadas. Além disso, o próximo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, que se dizia tão interessado na zona norte, com exceção do Maracanã, foi incapaz de propor qualquer política de fomento do turismo nessa área.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

III Semana de Turismo da UNIRIO - ciclo de palestras

Na próxima terça-feira, dia 28, terá início a III semana de Turismo, promovida pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Esse evento nos trouxe o questionamento a respeito da importância de participarmos de encontros, palestras, workshops e afins na nossa área. Além da necessidade de mostrarmos que o turismo cada vez mais interessa a um numero maior de pessoas, fazer parte de um evento como esse traz benefícios para a sua carreira, gerando contatos e conhecimentos.

Hoje em dia, distribuir currículos e passar por entrevistas na procura de um emprego ou um estágio são atitudes desejáveis, porém os que anseiam um lugar de destaque no mercado de trabalho devem fazer muito mais. O importante é “aparecer”, gerar uma rede de contatos, participar de palestras e eventos, publicar artigos, entre outras ações, pois são essas atitudes que irão propiciar boas oportunidades de emprego e um diferencial em relação à grande maioria.

Além do mais, ao participar desses eventos, você fica por dentro das tendências e novidades do mercado, estimula sua criatividade e ainda, descobre quais são os melhores caminhos para trilhar dentro da sua carreira.

Abaixo você confere a programação inteira da III semana de Turismo da UNIRIO! Não deixe de participar!



OBS: No dia do funcionário público, 27/10, a faculdade estará fechada, não havendo, portanto, palestras no dia.

Para inscrições acesse: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=71857161

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ABAV, no Rio de Janeiro?





No próximo dia 22 de outubro, quarta-feira, acontecerá no Riocentro, Rio de Janerio, ABAV 2008 - FEIRA DAS AMÉRICAS. A exposição permanecerá na cidade até o dia 24 de outubro (sexta-feira). A ABAV é reconhecida como a maior feira de turismo da América Latina e é um dos principais veículos de comercialização e comunicação do setor. A novidade deste ano será a ocupação de 5 pavilhões do Riocentro, dois a mais que a edição anterior.

Através do site oficial* é possível encontrarmos uma breve definição da feira, o mapa da exposição, a lista de expositores e um link chamado “Localize-se”, que nada mais é do que um mapa do entorno do Riocentro (copiado do Google Maps), com o objetivo de “guiar” os visitantes, entre outras deficientes informações.

E foi justamente essa carência que quase tirou a cidade maravilhosa do caminho da ABAV (sendo repetitiva – A MAIOR FEIRA DE TURISMO DA AMÉRICA LATINA). Predileções a parte, o Rio de Janeiro é a porta de entrada tanto para o turista internacional quanto para o turista interno e perder este evento devido à falta de transporte seria vergonhoso.

Em junho deste ano entidades ligadas ao setor se reuniram para discutirem ações que assegurem a permanência da ABAV no Rio de Janeiro. Segundo declarações do presidente da ABAV Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, quem ouviu promessas de melhorias as quais nunca foram cumpridas em relação ao sistema de transporte oferecido. Outro problema enfatizado pelos organizadores da ABAV é a falta de disponibilidade de quartos e as altas tarifas da rede hoteleira.

Pelo quinto ano consecutivo, o Rio de Janeiro irá sediar a ABAV e esta discussão ainda poderá ser prorrogada para o próximo ano, se as exigências feitas não forem cumpridas. Fica aqui nossa exigência perante as autoridades governamentais para que esta discussão, sobre problemas básicos, não seja repetida e que novas discussões (de cunho agregador e não exigente) sejam feitas a partir do próximo ano.


Alguns números da ABAV/2008:

256 m2 de operadoras marítimas

387 m2 de companhias aéreas internacionais

481 m2 de operadoras internacionais

502 m2 de seguros

806 m2 de locadoras de veículos

1.179 m2 de companhias aéreas nacionais

1.447 m2 de hotéis

1.782 m2 de operadoras

3.129 m2 de destinos internacionais

6.017 m2 de destinos nacionais

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pesquisa IPEA – Panorama do Mercado de Trabalho Turístico

O envolvimento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no Turismo se insere no esforço empreendido pelo governo em ampliar a capacidade de análise de um setor que nos últimos anos passou a ocupar um papel de destaque na política e economia nacional.

Nesse sentido, um conhecimento maior do mercado de trabalho no turismo contribui para a definição de estratégias destinadas a propiciar mais e melhores empregos no setor. Sendo também de relevante importância ações que visem a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos visitantes e, além disso, para orientar o setor privado, especialmente as pequenas e médias empresas que, geralmente, não dispõem de recursos para aplicar em pesquisas capazes de apoiar suas decisões relativas à ampliação ou melhoria de seus serviços turísticos.

A pesquisa do IPEA, apesar de ter ocorrido num período não tão próximo, entre 2002 e 2004, nos dá um breve panorama de como se comporta o mercado de trabalho turístico. Levando em consideração, alojamento, alimentação, transporte, auxiliar de transportes, aluguel de transportes, agências de viagem e cultura e lazer, o IPEA analisou qual a abrangência do setor turístico dentro do mercado de trabalho nacional. Dessa forma, algumas de suas estimativas foram, em 2004, 712 mil pessoas eram empregadas por essas atividades, o equivalente a 2,3% do emprego formal no conjunto da economia brasileira e 7,2% do emprego no setor de serviços. Dentro desse conjunto de atividades, as que mais se destacam são as relacionadas com o transporte, sendo responsáveis por 52,5% dos empregos formais, ou seja, 374 mil empregos. Em seguida, alojamento e alimentação são as duas outras atividades que mais empregam entre as pesquisadas, detendo 156 mil e 127 mil empregos, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa, a geração de empregos formais nesses ramos está atrelada com o desempenho do conjunto da economia brasileira. Em 2003, quando o PIB se estagnou, foram perdidos mais de 6 mil empregos. No ano seguinte, quando o crescimento do PIB foi de 5%, as atividades pesquisadas também apresentaram uma taxa de crescimento no emprego de cerca de 5%, gerando 34 mil empregos. Entre 2002 e 2004 o emprego formal cresceu 9,5% e o de serviços 7,8%, contra um fraco desempenho das atividades relacionadas que cresceram apenas 4,2%. Dentre as regiões do Brasil, o Sudeste detém 52% dos empregos nessas atividades, sendo seguido pelo Nordeste (19%), Sul (17%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%). De todas as regiões, a que mais cresceu em relação a geração de empregos formais nessas áreas foi a Nordeste com 14%, sendo responsável por 28 mil empregos gerados pelas atividades pesquisadas.

Portanto, com esse quadro podemos analisar que o setor turístico oferece uma geração de empregos considerável dentro da média nacional. Levando em conta que nem todas as atividades indiretamente ligadas com o turismo foram pesquisadas, conseguimos deduzir que o nosso ramo possui um bom potencial de geração de emprego e renda, mas para que esses benefícios cheguem a nós turismólogos e a toda a sociedade, devem-se levar em conta assuntos como a regulamentação da profissão, tema que abordaremos aqui em breve.


www.ipea.gov.br

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mercado de Trabalho e Turismo

Uma das principais preocupações de estudantes que estão ingressando no curso de turismo por todo o Brasil e de turismólogos recém formados são justamente as oportunidades de emprego que o setor oferece. Ao analisarmos o mercado de trabalho ligado ao segmento turístico, é importante analisarmos como anda a evolução dos empreendimentos que oferecem serviços turísticos.

Com uma busca um pouco mais detalhada e um olhar mais atento, é possível encontrar dados importantes a respeito do mercado de trabalho do turismo no site do Ministério do Turismo (MTur). Alguns números referentes aos anos de 2006 e 2007 econtram-se a seguir:


Atividades

2006

2007

%

Agências de Turismo no Brasil


7861

10227

+ 30,1%

Agências de Turismo no RJ


912

1303

+ 42,9%

Meios de Hospedagem no Brasil


4293

5184

+ 20,7%

Meios de Hospedagem no RJ


1135

1243

+ 9,5%

Transportadoras Tur. no Brasil


6289

8055

+ 28,1%

Transportadoras Tur. no RJ


199

315

+ 58,3%

Organizadores de Eventos no Brasil


540

721

+ 33,5%

Organizadores de Eventos no RJ


99

107

+ 8,1%

Instituições de Ensino no Brasil


213

221

+ 3,7%

Instituições de Ensino no RJ


18

20

+ 11,1%


Como podemos ver, essa tabela faz referência aos empreendimentos turísticos que estão cadastrados no MTur. Ainda que uma análise desses números não seja conclusiva, já que existem diversas atividades ligadas ao setor que não estão cadastradas, em um futuro próximo, poderemos analisar dados mais palpáveis, já que o MTur, através da Lei Geral do Turismo, prevê o cadastro obrigatório de todas as empresas que oferecem serviços turísticos.

A partir dos dados podemos perceber um aumento do número de empresas ligadas ao setor turístico, e conseqüentemente um aumento da oferta de empregos diretos e indiretos para a nossa área. Um único e grande problema é a proliferação de empregos de caráter operacional.

Sendo assim, pensamos que para aproveitar a atividade turística ao máximo, deve-se correr atrás de oportunidades e se apoiar em uma formação sólida desde o início do curso de turismo, com participação em monitorias, projetos de extensão, criação de artigos, prática de estágios, aprendizagem de outros idiomas e participação em empresas juniores.

Uma outra alternativa é o caminho do empreendedorismo, onde o indivíduo assume riscos calculados para abrir o seu próprio negócio. Não espere que seja uma tarefa fácil e lucrativa no iníco, porém não tenho dúvidas de que seja uma solução para a falta de trabalho em áreas tão interessantes como o planejamento ou até mesmo em cargos de gestão.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Um olhar analítico sobre o novo Ministro do Turismo


Na foto o ministro aparece visitando o estande do Rio Grande do Sul ao lado do secretário de estado do Turismo Esporte e Lazer.


No mês de junho deste ano, o presidente Luis Inácio Lula da Silva confirmou o nome de Luiz Barreto para o cargo de Ministro do turismo. O ex-secretário executivo do Mtur assumiu o lugar deixado por Marta Suplicy, que concorre à prefeitura da cidade de São Paulo.

Desse modo, resolvemos fazer uma busca sobre o histórico profissional do novo ministro para analisarmos sua eficácia dentro do setor. Casado, pai de dois filhos, formado em Ciências Sociais pela PUC-SP e com Mestrado em Ciência Política pela USP, Luiz Barreto entrou para política em 1989, quando assumiu a chefia de gabinete da Administração Regional Sé da Prefeitura de São Paulo. Em 1996 se tornou secretário adjunto da Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais (Sinai) do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores. Em 2005 assumiu a Secretaria de Indústria, Comércio e Abastecimento de Osasco e no mesmo ano se transferiu para o Sebrae, onde permaneceu por dois anos até ser convidado para a Secretaria Executiva do Ministério do Turismo.

Observando seu histórico, é possível perceber que sua ligação com o Turismo não é das mais fortes. Seu currículo é totalmente voltado para administração pública, e isso pode ser válido para o setor em diversos assuntos como onde investir e organização das finanças. Porém, não é o bastante. Um político designado a chefiar um ministério, seja ele qual for, deveria ter um mínimo de inserção no respectivo setor.

No caso do Turismo, apesar de fundamental, é complicado exigirmos um ministro com formação acadêmica específica, pelo simples fato de que todo o mercado é invadido por profissionais de diversas áreas. As grandes decisões a respeito do turismo são, muitas vezes, decididas por administradores, economistas, geógrafos e etc.

No entanto, cabe a nós, profissionais da área, exigir que os cargos políticos referentes ao nosso setor, sejam ocupados por pessoas comprometidas, com formação acadêmica e currículo profissional ligados à atividade turística. O novo ministro parece ter sido bem aceito pelo Trade turístico, visto que quando o presidente anunciou seu nome, os líderes e representantes do mercado o apoiaram.

Portanto, devemos aguardar e torcer para que o ministro seja, pelo menos, mais responsável e não solte frases infelizes como, “relaxa e goza”. Não devemos ficar parados, e sempre cobrar para que as necessidades do setor sejam atendidas e que, cada vez mais, o turismo seja pensado, operacionalizado e governado por profissionais capacitados ou do Trade.


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Uma Visão sobre a Lei Geral do Turismo

Foi no dia 17 do mês passado, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Geral do Turismo (n° 11.771/08), estabelecendo um marco regulatório para o setor e instituindo a Política Nacional de Turismo, o Plano Nacional de Turismo e a criação do Sistema Nacional de Turismo, composto pela Embratur e outros órgãos sob a coordenação do Ministério do Turismo.

A nova lei obriga o cadastramento de diversos prestadores de serviços turísticos, como as agências de viagens, transportadoras turísticas, meios de hospedagem, organizadores de eventos, podendo se estender para outros estabelecimentos que forneçam serviços similares no setor. Na prática, essa obrigatoriedade visa o aumento da qualidade dos serviços oferecidos ao turista, já que para fazer parte desse cadastro, essas empresas passarão a ser fiscalizadas e deverão atender a diversos requisitos do MTur.

Além dessas normas, a Lei Geral do Turismo também prevê a criação do Fundo Geral do Turismo, que atuará financiando a atividade e a criação de uma política que visa democratizar o turismo no Brasil, tornando-o um processo de inclusão social e de regionalização, priorizando o desenvolvimento de 65 destinos turísticos. Esse último, pode ser considerado um grande passo para a Copa do Mundo de 2014 e até mesmo para as Olimpíadas de 2016 no Rio, na medida em que desenvolve as regiões que possivelmente sediariam esses eventos de grande importância para o Brasil como um todo.

Sendo assim, percebemos que o objetivo principal da lei é unificar a legislação sobre o turismo no país, surgindo em um momento bastante oportuno, tendo em vista que o governo prioriza ações para o segmento e o mesmo cresceu uma média de 24% ao ano de 2004 até 2007 (dados da FGV).

Porém, como todos nós sabemos, muitas vezes o que é muito bom na teoria, pode não acontecer na prática. Estamos cansados de presenciar leis bem elaboradas não funcionarem da maneira como deveriam devido à burocracia excessiva e a falta de obrigação dos políticos para com as legislação. Por isso, devemos sempre estar antenados às propostas e ao histórico dos políticos que iremos eleger. Essa reflexão é importante, especialmente nesse momento em que iremos atravessar um segundo turno nas eleições para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Análise das Propostas para o Turismo dos Candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro

Boa tarde,
como estamos na reta final para as eleições, decidimos estrear nosso blog analisando os planos de governo dos 4 candidatos mais bem colocados nas pesquisas à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Com isso, avaliamos as propostas expostas pelos candidatos para o nosso setor e / ou para setores que interagem direta ou indiretamente com o turismo na cidade.

É preciso ressaltar que as opiniões relatadas no blog são de caráter pessoal, esclarecendo que todos os comentários são bem vindos. A favor e, principalmente, contra às nossas opiniões, expor diferentes VISÕES sobre os temas abordados é um de nossos objetivos.

Pesquisa Datafolha - pesquisa de intenção de votos para os candidatos à prefeitura do município do Rio de Janeiro:





Jandira Feghali


Uma análise crítica sobre o programa de governo dos candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro é exatamente o que todos deveriam fazer ao pensar em quem receberá seu voto neste domingo, dia 05 de Outubro de 2008. Os pontos positivos e negativos, o que pensamos ser possível ou não de se construir em um período de 4 anos de governo e a história do candidato na política devem ser levados em conta. Porém, nós não podemos fazer um julgamento passivo, sem observar os tópicos que mais nos interessa, que nesse caso, é o turismo.

Ao avaliar um pouco mais Jandira Feghali, percebi que ela tem apresentado boas propostas para o turismo em seus encontros políticos. A candidata prometeu desenvolver a infra-estrutura básica da cidade, com propostas que, obviamente, serviriam de base para o turismo. Um exemplo de proposta para o setor turístico é a criação de um plano diretor de turismo para o município do RJ, que por incrível que pareça, mesmo com todo o potencial de nossa cidade maravilhosa, ainda não existe. Outra sugestão da candidata é a revisão do ISS para algumas atividades do segmento, como as agências de viagens, que teria como objetivo atrair mais investimentos, mais arrecadação e criação de empregos.

O único (e grande) problema das propostas ligadas diretamente ao setor turístico, é o fato de se confundirem com promessas sem o comprometimento de que serão cumpridas. Digo isso, pois apesar da minha simpatia pela candidata da coligação “Mudança pra Valer” (PCdoB, PSB, PHS e PTN), todas as propostas supracitadas não estão em seu programa político.

Quando questionada sobre a falta de questões relacionadas ao turismo no programa de governo, a assessoria de Jandira falou que as propostas a respeito de nosso segmento são verdadeiras, inclusive, com a própria candidata tendo se reunido com diversos órgãos do setor. A mesma assessoria ainda afirmou que, em breve, seria divulgado no site da campanha, o programa específico para cada área de atuação. Entre esquecimento e falta de compromisso, mesmo com ressalvas, eu ainda fico com a primeira opção.

Gabeira



Analisando as propostas do Plano de Governo do candidato Gabeira, percebemos um certo descomprometimento ou descaso com o setor que mais nos interessa, o turismo. Ao começar a pesquisa, enviei um e-mail ao site oficial do candidato perguntando as propostas em relação ao setor. Aguardei dois dias e a única resposta que obtive foi “Aguarde, logo responderemos sua pergunta.”.

Sem nenhuma parte do Programa específica para o turismo, as únicas passagens falando sobre o assunto foram encontradas soltas, quase que perdidas ao longo do programa; e um vídeo, bem pequeno, falando sobre o assunto. Dentre as passagens, o candidato promete melhorar o transporte público, organização, limpeza e saneamento da cidade, atuando com força no meio ambiente. Dessa forma, sustentando os setores dinâmicos, para os quais a cidade tem vocação, como por exemplo o turismo.

Apesar de tal descuido no setor turístico, considero o Gabeira, um candidato de personalidade, com histórico político de muita luta e resistência, sobretudo no período da ditadura militar.

Marcelo Crivella


Visitando o site do candidato Marcelo Crivella da coligação ‘Vamos Arrumar o Rio’ (PRB, PRTB, PR, PSDC), você consegue fazer o download de seu Plano de Governo e analisar cada proposta, da saúde ao turismo. São 79 páginas de assuntos como segurança pública, meio ambiente, educação, entre outros. Muito pra ler? Não. São mais ou menos 30 páginas de projeto gráfico (capa, foto, índice, etc) e as outras de texto corrido, ou seja, em menos de meia hora você conhecerá o que Crivella quer para o Rio.

A primeira proposta (e única existente no Plano de Governo) para o setor turístico é o estabelecimento de um Plano Estratégico de Turismo. Ótima notícia! A cidade necessita de planejamento estratégico, que interligue os diversos setores que a movem. Mas infelizmente, o plano estratégico dará ênfase ao Carnaval, Reveillon e a criação de novos atrativos turísticos. É óbvio que não podemos depreciar o Carnaval e o Reveillon do Rio de Janeiro, os quais possuem suas “organizações” e “desorganizações”, mas limitar um plano estratégico dessa maneira é pouco para quem quer receber votos do nosso setor. É preciso apresentar mais.

Lida em 2 minutos a parte do Plano de Governo destinada ao nosso setor, resolvi analisar propostas de outros setores com maior notabilidade e que exerçam extrema funcionalidade para o turismo. Para isso, foram analisadas as propostas para transporte público na cidade.

Atualmente, as políticas públicas aplicadas ao setor são claras e priorizam o transporte rodoviário individual (automóvel) em detrimento do transporte coletivo. A construção de estacionamentos subterrâneos no centro do Rio só corrobora essas práticas. Tirem seus automóveis da garagem, venham trabalhar de carro! Agora você já tem onde estacioná-lo!

As propostas de Crivella seguem o ciclo, ou seja, priorizam o automóvel. A construção de uma rede de viadutos (construídos em cima dos já existentes) interligando as principais vias da cidade (Av. Brasil, Linha Vermelha, Perimetral, etc) e a duplicação de vias são dois exemplos de proposta que procedem as atuais. A adoção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e o incentivo ao transporte hidroviário são alternativas que podem vir a ser, se bem estruturadas e concretizadas, ótimas soluções em transporte na cidade. Já o “Metrô de superfície na Zona Oeste” traria modernização aos trens e suas estações, o que seria uma parceria com Supervia e não com o Metrô.

Abordando temas como turismo ou transporte, Crivella, em seu Plano de Governo, deixa a desejar. Mas repito, vale a pena ler suas propostas por mais que algumas sejam intrigantes, questionáveis e curiosas. Na carta ao eleitor, o candidato explica que o plano estará sempre em construção, pois o candidato e sua equipe estarão sempre abertos às sugestões do povo carioca. Caso seja prefeito do Rio, espero que para a construção deste Plano de Governo ainda esteja comprando o cimento.

Eduardo Paes


Todos sabemos que é de suma importância para a construção de um espaço turístico harmônico, que as ações públicas sejam devidamente planejadas e direcionadas para esse setor. O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e sua equipe demonstram, à primeira vista, se preocupar com as necessidades da atividade turística desenvolvida na cidade. Deste modo, pesquisamos as principais propostas do candidato do PMDB em seu site e verificamos uma forte inclinação voltada para o fomento do turismo de negócios.

As suas primeiras propostas são: construir um centro de convenções de médio porte no aterro do Flamengo articulado com investidores privados; estimular a expansão hoteleira na Barra da Tijuca com vistas ao turismo de feiras e convenções e dinamizar o centro de convenções da Cidade Nova. Todas essas iniciativas são de grande valia para a cidade, que apesar de uma das maiores do país, possui um deficiente e mal distribuído conjunto de equipamentos direcionados para o segmento do turismo de negócios.

Além dessas, outra proposta interessante de Eduardo Paes, é ampliar o número de vagas e o número de centros de ensino profissionalizante e capacitação em turismo. Com isso, o turismo na cidade do Rio de Janeiro pode, finalmente, deixar de ser tratado como algo que vive a mercê do empirismo, e passa a ser desenvolvido com o profissionalismo que necessita.

Por outro lado, analisando as pretensões do candidato a respeito da segurança do turista no território carioca, vemos apenas medidas superficiais. Aumentar o efetivo da Guarda Municipal e aumentar o número de câmeras de vigilância não é o que se espera do prefeito de uma cidade em estado de extrema violência.

Portanto, ao que envolve suas propostas, o candidato Eduardo Paes se mostra interado com algumas necessidades do setor turístico do Rio de Janeiro. Sendo assim, cabe aos seus eleitores a cobrança da execução dessas e de outras propostas que, ao incentivar o turismo, possam melhorar a qualidade de vida do carioca.