“A sinalização turística faz parte de um conjunto de indicações de trânsito que tem por finalidade orientar os usuários, direcionando-os aos destinos pretendidos”. Essa é a definição do Guia Brasileiro de Sinalização Turística. Outras características da sinalização turística são a padronização, a linguagem clara e o tamanho ideal da placa para leitura, proporcionando uma difusão dos atrativos do município em questão.
Quando a sinalização turística é bem planejada, ela é capaz de fomentar a visitação nos atrativos turísticos, facilitar o acesso e a locomoção dos turistas pela cidade e até os locais de interesse e inclusive é responsável por um ambiente sustentável, na medida que evita congestionamentos e melhora a mobilidade e a qualidade de vida regional.
No Rio de Janeiro, o sistema de sinalização encontra-se em colapso. O que vem ocorrendo, é que além da escassez de placas e sinais que orientem a locomoção dos turistas e até mesmo dos próprios moradores, a sinalização existente vem sendo vandalizada e adulterada. Os dois principais motivos para essa ocorrência são a falta de civilidade e má fé. O primeiro, pela simples e corriqueira falta de instrução da população, que não tem idéia dos gastos necessários para a recuperação dessas placas. Já a segunda, vem ocorrendo pelo oportunismo de um determinado grupo de pessoas, que ao adulterar as placas, se vendem como guias para os turistas perdidos.
Esses casos são sérios e reais. Um exemplo foi um grupo de turistas de São Paulo, que em 2007 foram assaltados no caminho para o Cristo Redentor. A placa de sinalização do ponto turístico estava pichada e o grupo entrou em um dos acessos da favela Cerro-Corá.
A sinalização do município do Rio de Janeiro se encontra em estado tão alarmante, que em pesquisa do Ministério do Turismo a respeito de reclamações de turistas, ocupou a quarta colocação de críticas, ficando atrás apenas da segurança pública, limpeza da cidade e serviços de Internet.
Sendo assim, é importante que se tomem medidas capazes de melhorar o aproveitamento da sinalização existente no Rio e que se faça um planejamento para instalação de outras em locais estratégicos, já que mesmo com a instalação de cerca de 500 placas pela cidade em 2007, o nível de sinalização continuou deficiente e os problemas persistem em ocorrer.