quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Olha as Olimpíadas aí gente!

Após duas semanas do anúncio da cidade eleita a sediar os Jogos Olímpicos de 2016, os jornais da cidade do Rio de Janeiro, todos os dias, noticiam novos projetos, novas parcerias, novas idéias, novas alternativas para o transporte, para a violência, para o menor abandonado, para as enchentes, para os buracos na rua, para os camelôs, até mesmo para o trajeto Hotel Glória - Aeroporto Santos Dumont (existe um projeto de um trem suspenso que ligaria o hotel ao aeroporto).

Uma dessas propostas é o pacote olímpico que foi anunciado logo após a eleição pelo prefeito do Rio. Ele encaminhará à Câmara de Vereadores um pacote com diversos projetos de lei direcionados às Olimpíadas. Dentre os projetos estão incentivos fiscais às grandes redes hoteleiras para a construção de hotéis na região da Barra da Tijuca. Afinal de contas, são 13 mil unidades de habitação a serem construídos em apenas 7 anos!

Animado e ‘canetando’ tudo e qualquer acordo, contrato e cheque, o prefeito desta cidade firmou convênio com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) para a realização de um concurso internacional (será que no país de Niemeyer não existem arquitetos experientes e criativos?) para a construção do Marco Olímpico da cidade. As cidades olímpicas geralmente elegem seus marcos durante os jogos (o Ninho do Pássaro em Pequim, por exemplo), mas a cidade do Rio de Janeiro quer antecipar a criação deste símbolo. Uma das justificativas é a de criar um monumento olímpico que marca de maneira concreta a passagem dos jogos pela cidade se tornando, portanto, um atrativo turístico. As características do concurso são: livre – pode ser qualquer coisa (até mesmo uma tocha acesa eternamente no alto de um morro que não seja habitado por ambientalistas chatos – palavras do nosso prefeito); sem limite de custos (a prefeitura arcará com a execução do projeto); entre outras características que só serão divulgadas no edital do concurso em dezembro deste ano.

Na mesma semana foi anunciado um estudo que será feito em conjunto – união, estado e prefeitura – e que tem como objetivo reduzir a burocracia na execução dos projetos dos Jogos. Este estudo visa limitar os poderes da Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade que será criada para supervisionar os trabalhos da Rio 2016 (orçamento, legalidade dos projetos, etc). Esta limitação evitaria perda de tempo com burocracias ou questões jurídicas. O presidente Lula afirmou que os jogos terão fiscalização nacional e internacional e que o povo brasileiro saberá vigiar o uso do dinheiro. Saberemos ou ficaremos com preguiça?

domingo, 4 de outubro de 2009

IV Semana de Turismo UNIRIO

Esta semana acontece na UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – a IV Semana de Turismo. Evento que desde 2006 promove discussões, palestras, mesas-redondas entre outras atividades relacionadas ao Turismo tanto na esfera acadêmica quanto na mercadológica.

A Universidade, seus alunos e professores aguardam a presença de todos os interessados em discutir turismo.

O evento ocorrerá entre os dias 05 e 09 de outubro, das 9h às 13h, na Avenida Pasteur, n° 296, no Salão dos Conselhos - do Prédio da Reitoria da UNIRIO na Praia Vermelha.

Programação da IV Semana de Turismo

Dia 05/10/2009 – Legislação e Políticas Públicas aplicadas ao Turismo

08h00min às 09h00min – Credenciamento
09h00min - 09h45min – Mesa de Abertura Oficial do Evento “IV Semana de Turismo – Contemporaneidade em Foco” com a Participação da Reitora, Vice-reitor, Pró-reitores de Graduação, Pesquisa e Extensão, Chefe de Departamento do Curso de Turismo, Presidente da Escola de Museologia, Decano do CCH e da Vereadora Clarissa Garotinho.
10h00min às 11h30min – Palestra com a Maria Constança Madureira Homem de Carvalho - Operadora do setor hoteleiro e advogada de causas ambientalistas.
11h30min às 13h00min – Mesa Redonda – Tema: Legislações existentes para a área de turismo, Regulamentação da profissão do Turismólogo, políticas públicas para o turismo;
Mediadora: Tânia Omena – Presidente da ABBTUR e Professora da UNIRIO Vereadora Clarissa Garotinho – Comissão de Turismo Maria Constança Madureira Homem de Carvalho - Operadora do setor hoteleiro e advogada de causas ambientalistas.

Dia 06/10/2009 – Segmentações em Ascensão no Setor Turístico

08h00min às 09h00min – Credenciamento
09h00min às 10h00min - Palestra ministrada por Paulo Cesar Stilpen (Professor da Fundação Getulio Vargas e das Universidades Estácio de Sá e Candido Mendes).
Tema: Tópicos sobre Pesquisas, Planejamento do Turismo e Crise Ambiental
‏10h00min às 10h15min – Intervalo10h30min às 11h30min – Palestra ministrada por Oswaldo Luiz Faria Valinote, representante da Associação Brasileira de Turismo para os Gays (ABRAT).
Tema: Turismo GLBT como segmentação em ascensão.

Dia 07/10/2009 – Preparativos para a Copa 2014 e Olimpíadas de 2016

08h00min às 09h00min – Credenciamento
09h00min às 10h30min – Palestra aberta a debate com o Secretário Especial da Copa de 2014 e Olimpíadas 2016, Ruy Cezar.
10h45min às 12h00min - Palestra “A visão do setor hoteleiro diante os preparativos para a Copa 2014 e Olimpíadas 2016” por William Figueira Rodrigues, gerente geral do Hotel Miramar da rede Windsor e Professor da Univercidade.
Talk Show ao final da palestra.

Dia – 08/10/2009 - Imagem e Cinema do Rio de Janeiro

08h00min às 09h00min – Credenciamento
09h00min às 9hh30min – Abertura Oficial do Fórum de Imagem e Cinema
09h30min às 10h00min - Relatos de Viagens
10h00min às 10h30min - Cinema como Ferramenta da Educação Ambiental
10h45min às 11h15min – Debate: Turismo Imagem
11h15min às 11h45min - Papel do Turismólogo nos Filmes Turísticos

Dia 09/10/2009 - Crises e Turimo

08h00min às 09h00min – Credenciamento
09h00min às 10h00min - 1° Palestra com a professora Rosane Soares
10h20min às 11h20min - 2° Palestra – Tema: “Crise financeira mundial e seus impactos sobre o setor de turismo” Palestrante: Professor Paulo Stilpen (Professor da Fundação Getulio Vargas e das Universidades Estácio de Sá e Candido Mendes)
11h20min às 12h40min - Mesa Redonda – Tema: Crises e TurismoParticipação: Professor Dr. João Evangelista Dias Monteiro (Professor adjunto da Universidade Federal Fluminense - UFF); Prof. Dr. Ana Seroa (professora Associado I na Universidade Federal Fluminense – UFF); Professor Msc. Denilson Moreira (UFF); Professor Flávio Zen (UFF).12h40min – Encerramento do Evento.

Preços:
R$ 3,00 - Um dia
R$ 6,00 - Semana Inteira

Entrem na comunidade do Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=94537573

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Guiando o Rio

Acompanhando a possibilidade do Rio de Janeiro ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura lançou, no último dia 8, um guia online da cidade. O guia tem como objetivo, além de promover a cidade, ser uma opção para os próprios moradores.

Sabe-se que inúmeras cidades, inclusive as que competem com o Rio na candidatura às Olimpíadas, possuem seus guias turísticos ‘oficiais’ online. O fato é que o Rio de Janeiro é o principal destino turístico do Brasil, e somente agora, um mês antes da escolha da cidade sede, decidiram executar um projeto simples, óbvio e de extrema utilidade e importância. Contudo, o prefeito Eduardo Paes admite o atraso, mas não o justifica.

Sendo levado pela onda das redes sociais, o guia está presente em todas elas: orkut, twitter, facebook, youtube e flickr. Fotos, cadastro de email para recebimento de newsletter, entre outras ferramentas da internet também são encontradas no site. Além disso, o site contém mapa do metrô, uma enorme, mas não completa, tabela com os números das linhas de ônibus, o mapa turístico e o guia da cidade, estes dois últimos disponíveis em pdf.

Para facilitar a navegação, o site está dividido em seções como eventos, passeios, hospedagem, transportes, entre outros. O guia informa o calendário de eventos da cidade, com o descritivo de cada evento, seus respectivos endereços, períodos de realização e outras informações. Para os passeios, ou seja, atrativos turísticos, ele dispõe de poucas informações. Já em ‘Museus e Espaços Culturais’ as informações são precisas: descrição, endereço, telefone, endereço na internet, horário de funcionamento, etc. A interessante e inexplorada categoria ‘Artes e Antiguidades’ possui uma lista extensa de ateliês espalhados pela cidade.

A categorização dos serviços é fundamental para uma boa navegação: os restaurantes estão divididos ou por bairro, ou por preço, ou por tipo de estabelecimento ou por tipo de cozinha (italiana, mexicana, etc). O guia também destinou espaço para os diversos lugares onde se pratica esporte na cidade, como campo de golfe, hipódromo e, nem tão extensas assim, as ciclovias. O guia ainda possui outros segmentos como o guia LGBT, promoção de cidades próximas à cidade (como Búzios e Petrópolis), informações sobre os Pólos Gastronômicos entre outros.

Digamos que o guia, apesar de atrasado, foi uma relevante iniciativa para promoção da cidade. Entretanto, ainda é projeto para inglês ver. Os blogs, derivados do guia, só possuem a página inicial (nenhum texto postado ainda) e a promessa das versões em inglês e espanhol até o final deste mês podem comprometer a veracidade do guia. Convidamos os leitores a uma visita www.rioguiaoficial.com.br e a opinar aqui em nosso blog (e também no site do guia) o seu ponto de vista.
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Uma outra novidade no mundo virtual é a ferramenta de busca do Google Maps para Rio de Janeiro. Agora podemos consultar trajetos do ponto A ao ponto B feitos por transporte público. O site mostra as alternativas e as linhas de ônibus que fazem o trajeto solicitado. Pode ser que a opção oferecida não seja a melhor, mas com ceteza você chegará ao seu destino.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Visões recomenda: “Violência e Turismo na cidade do Rio de Janeiro - Fatos e Mitos”

O curso de Turismo da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) convida-os para o evento “Violência e Turismo na cidade do Rio de Janeiro - Fatos e Mitos”, que será realizado no dia 5 de junho (sexta-feira), no Auditório Vera Janacopoulos, que está localizado na Av. Pasteur, 296 – Urca.
Programação: 08:30h às 9:00h: Credenciamento9:00h às 10:00h: Palestra de abertura: ”A atual situação da violência no âmbito turístico."10:00h às 12:00h: Mesa redonda: ”Visões de diferentes setores na relação violência e turismo.”12:00h às 13:00h: Espaço para perguntas

Inscrições poderão ser feitas pelo e-mail palestraturismo@gmail.com (favor enviar nome completo, telefone para contato e nº. de identidade). A entrada será somente 1 kg de alimento não perecível! As doações serão revertidas para CENTRO SÓCIO EDUCATIVO LAR DO MÉIER. Vale frisar que ao fim do evento o participante receberá certificado de participação, que contará como horas de atividade-complementar nas instituições de ensino. Palestra de Abertura:
Fernando Vila Pouca, delegado da DEAT (Delegacia de Atendimento Turistas)Mesa Redonda:
Fernando Vila Pouca, delegado da DEAT (Delegacia de Atendimento Turistas)
Cláudio Magnavita - jornalista, diretor do Jornal de Turismo, Presidente Nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo-ABRAJET e membro do Conselho Nacional de Turismo.
Sérgio Nogueira – superintendente da ABIH-RJoutros nomes ainda a confirmar

terça-feira, 14 de abril de 2009

Relato de um furação ecologicamente devastador!


A idéia de escrever esse artigo surgiu no dia internacional de limpeza das praias, 20 de setembro de 2008.
Eu estava aproveitando um ensolarado dia de sol na Praia Vermelha, aos pés do Pão de Açúcar, um dos maiores ícones turísticos da cidade do Rio de Janeiro. Em determinado momento, um voluntário, de uma ação conjunta das entidades filantrópicas: Ocean concervancy e Instituto Coca-Cola Brasil, veio até mim e entregou uma sacola biodegradável para simbolizar a limpeza das praias.
Nesse mesmo instante, observei ao meu redor que além de areia, havia latas de alumínio (500 anos para degradação)*, filtros de cigarro (5 anos para degradação)*, espetos de madeira(13 anos para degradação)*, pedaços de guardanapos (3 meses para degradação)* e sacolas plásticas de supermercados (50 a 450 anos para degradação)*. Adiante, na beira do mar, o quadro era ainda mais alarmante, eram encontrados diversos tipos de objetos depositados por toda a orla (Ver Foto), tais como: garrafas pet (50 a 450 anos para degradação)*, sandálias de borracha ( Tempo indeterminado de degradação)*, restos de brinquedos plásticos (50 a 450 anos para degradação)* e até grandes pedaços de madeira (13 anos para degradação)*, que com a força das ondas, poderiam machucar gravemente uma pessoa ou um animal.
De certo, todo esse lixo era trazido pela maré, pois o mar também se encontrava extremamente poluído por esses dejetos.


Dentro desse contexto, me ocorreu o seguinte questionamento:
“Apesar de uma atitude louvável, seria uma campanha de entrega de sacolas plásticas nas praias, suficiente para comportar a histórica ignorância cultural que faz com que as pessoas transformem o mar em sua grande sacola de lixo?”
Com certeza, não!

Além dos grandes prejuízos causados à natureza, esse quadro caótico, como já foi citado, acontecia em um dos locais mais visitados por turistas no Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar. E como fica a imagem da cidade? Será que só mesmo a violência tem afastado os turistas?

Minutos depois, enquanto eu registrava esse problema, fotografando, na outra ponta da praia, um banhista resgatava um pingüim, provavelmente afastado de seu habitat natural graças às correntes marítimas El niño e La niña, aquecimento global e conseqüente derretimento das calotas polares e etc**. Infelizmente, o ato heróico do homem foi tardio, o pingüim já estava morto.

Somando a esse caos ambiental, ao mesmo tempo em que eu escrevia o presente artigo***, fui “atropelado” por um enxame de abelhas, liberado por um jogador de “frescobol”, típico esporte das praias cariocas, que em uma brincadeira infeliz deu uma raquetada na colméia alvoroçando os insetos.

Portanto, com o homem cada vez mais invadindo e destruindo o habitat natural dos animais e plantas, poluindo o meio ambiente indiscriminadamente e formando um verdadeiro furacão de atos vergonhosos por parte da humanidade, passa pela minha cabeça um questionamento que faz todos os anteriores parecerem de fácil resposta e com o qual vou encerrar minhas palavras:
“Até quando a natureza suportará?”

*-Fonte: http://www.sucatasnarciso.com.br/reciclando.htm; **- Fonte - http://www.institutoaqualung.com.br/info_pinguim.html; *** - O artigo foi escrito no decorrer dos acontecimentos na praia vermelha, Rio de Janeiro, RJ.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Abandono da memória carioca!


No centro da cidade do Rio de Janeiro, é comum serem encontrados casarões de época que possuam diversos e riquíssimos estilos arquitetônicos. Entretanto, o triste é saber que a maioria deles serão encontrados numa situação de total abandono, e alguns até em ruínas.

Os motivos para tal descaso são diversos. O jornal O Globo de 11-05-2008 dizia em reportagem que, entre outros, especulação imobiliária, falta de interesse dos herdeiros, falta de infra-estrutura para moradores, violência e excesso de moradores de rua, são alguns dos motivos para o esvaziamento populacional da região central da cidade e o conseqüente abandono.

Segundo o SINDUSCON (Sindicato da indústria da construção civil do estado do Rio), existem hoje no centro mais de 5 mil imóveis abandonados, 60 mil invadidos, sendo que desses, 5.015 são protegidos por APACS (Patrimônio municipal), 127 protegidos pelo INEPAC (Patrimônio estadual) e 70 são protegidos pelo IPHAN (Patrimônio federal).

Na foto, temos um ótimo exemplo desse descaso. Localizado na Lapa, ao lado da sala Cecília Meireles, o casarão da rua Visconde de Maranguape já teve seus tempos de glória. Segundo a matéria do jornal O Globo, o casarão é protegido, mas já perdeu muito de sua arquitetura francesa original, embora guarde traços ainda do estilo art déco. Lá funcionava um hotel onde ficavam hospedados senadores da república em visita ao Rio. Abandonado, ele foi invadido a mais de 40 anos. Ainda segundo a reportagem, o dono do prédio entrou na justiça com um pedido de reintegração de posse em 1982, mas, até hoje, não conseguiu reaver o imóvel. Em péssimo estado de conservação, o casarão abriga 72 famílias e, ao lado de um outro também abandonado, forma um grande contraste com o museu da imagem e do som que foi totalmente restaurado.

Esse é apenas um, entre milhares de casos que ocorrem hoje na cidade do Rio de Janeiro. Uma solução interessante para esses casos é, não apenas a restauração do edifício, mas também a revitalização do espaço, fornecendo novos usos para que a construção se reintegre à sociedade e assim esta possa ter a preocupação de preservá-lo.

Dessa forma, o Turismo se torna uma ferramenta importantíssima, pois com a lucratividade que decorre desta atividade, o patrimônio histórico e artístico pode achar uma fonte de renda para sustentar sua preservação.

Na verdade funciona como um ciclo, ou seja, o Turismo se apropria do patrimônio enquanto atrativo, e dessa forma aumenta o número de visitantes na cidade e, por outro lado, o patrimônio vai se apropriar do Turismo para se manter preservado, conservado e integrado à sociedade com novos usos. Quanto mais visitantes, maior é a verba a ser injetada em ações de preservação e, quanto mais preservado estiver o patrimônio, mais atrairá turistas e assim sucessivamente.

Portanto, podemos notar que o Turismo se torna peça fundamental para resolver uma grande parte dos problemas do abandono dos casarões na cidade do Rio de Janeiro. Tudo é claro, mediante grande planejamento e acompanhamento de profissionais capacitados para tal, como, por exemplo, o Turismólogo e o museólogo.
Visões do Turismo.

Retorno!

Caros Leitores,

É com muito orgulho e felicidade que o grupo visões do turismo retoma suas atividades normais. após meio ano de existência e mais de 2000 visitas estamos de volta debatendo os assuntos mais pertinentes na área do turismo. Nesse mês, vamos fazer 4 postagens denunciando agressões à sociedade, ao meio ambiente, ao patrimônio e, consequentemente, ao turismo. No mês seguinte, iremos mostrar o oposto, ou seja, as soluções encontradas por alguns empreendimentos públicos ou privados para melhorar esse quadro ruim. Contamos com seus comentários e participação!
Atenciosamente,
Visões do Turismo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Carnaval...Zona ordenada ou ordem zoneada?


Estamos a poucos dias do maior evento festivo de todo o planeta. O carnaval!

É nessa época que milhares de turistas se deslocam pelo país atrás de um bloco, de escolas de samba e até atrás de repouso.

No entanto, nas cidades de maior procura ou de maior população é extremamente complicado controlar a animação dos foliões.

Na Costa do Sol, Nordeste do estado do RJ, a invasão é típica nesse período e as reclamações dos moradores também. Partes do patrimômio das cidades são destruidas, água e eletricidade ficam sobrecarregadas, coleta de lixo não comporta o contingente, a poluição sonora se torna insuportável.

Assim como nas cidades vizinhas, o Rio de Janeiro também amarga diversos problemas meio a confetes e serpentinas. O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira afirma que fica dificil controlar a felicidade dos foliões e que o grnade problema da cidade é a ocorrência de blocos sem autorização da prefeitura. Em entrevista a um telejornal, o secretário afirmou que um bloco ocorrido no bairro de Jacarépagua acarretou em destruição de praças, ônibus que passavam pelo local e desaparecimento de três crianças, que mais tarde foram encontradas.

Ao ser questionado pela segurança dos foliões o secretário afirmou que os blocos que se encontram dentro do calendário carnavalesco da cidade a polícia desenvolve seu trabalho de forma extremamente satisfatória, todavia nos blocos sem autorização não é possível fazê-lo por falta de informações, como por exemplo a estimativa de público.

Portanto, devemos usar o carnaval não apenas para atrair turistas, mas também para fidelizá-lo ao Rio de Janeiro e para isso é preciso mostrarmos que possuimos uma festa bem organizada, com qualidade e segurança! Para que assim turistas e residentes possam cair no samba de cabeça fresca, moderando no alcool e festejando com muita segurança!!!

Foto: Banda de Ipanema - 15-02-2009 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Evento: Nova Estratégia para o Turismo

Caro leitor,

Não é de hoje que ouvimos falar dos benefícios que um grande evento trás para uma cidade, região ou país. Observemos a disputa entre poderosas metrópoles do mundo para sediar os Jogos Olímpicos. Ou a relevância da organização de uma Copa do Mundo.

O turismo de eventos é um segmento de extrema importância para o desenvolvimento sócio-econômico de uma cidade. Sua realização, seja de cunhos cultural, esportivo ou de negócios, tem, dentre outros efeitos, a impulsão de turistas para determinada região.

Com isso, o Brasil vem, cada vez mais, galgando seu espaço entre os melhores destinos para eventos no mundo. Em novembro de 2008, no congresso International Congress & Convention Association (ICCA), realizado em Victoria, no Canadá, o Brasil arrebatou a oitava colocação em quantidade de eventos internacionais realizados no país. (E, infelizmente, conseguimos descer uma posição, já que em 2007 ficamos em sétimo lugar.) É importante ressaltar que os critérios para classificar um evento como internacional são rigorosos, como por exemplo, o evento já ter ocorrido em pelo menos três países, sua periodicidade e sua longevidade.

Para Embratur, responsável exclusivamente pela promoção do Brasil no exterior, a captação de eventos e o turismo de negócios viraram prioridade. Um dos resultados alcançados com esta política foi a escolha de Florianópolis como cidade-sede da World Travel & Tourism Council (WTTC) em seu próximo encontro anual, uma espécie de Organização Mundial do Turismo (OMT) da iniciativa privada.

É fácil compreender a mudança de estratégia da Embratur, já que a OMT vem apontando, através de números, tendências para o turismo. Em 2004, 120 milhões de pessoas viajaram a negócios e para participarem de eventos em todo o mundo. Em 2008, foram 140 milhões de pessoas.

Os gurus do Ministério e da Embratur apostam na Copa do Mundo de 2014, cujo país-sede será o Brasil, como grande propulsora de eventos internacionais no país. Devido às inspeções do presidente da FIFA, o que temos visto nas últimas semanas através dos meios de comunicação são apelos governamentais daqui, puxa-saquismo de lá e lógico, não poderiam faltar, as promessas.

Esperamos sim, que o Brasil se consolide como destino para eventos internacionais e torcemos sim, para que passe a ser exemplo de organização e planejamento não só para o esporte, não só para eventos, não só para o turismo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Viajar é preciso! Gastar muito, não!

Prezados leitores, é com muito prazer que eu anuncio a volta do blog Visões do Turismo. Depois de um longo (e merecido) período de férias, voltamos revitalizados e com assuntos ainda mais interessantes que serão trazidos para vocês em nossas atividades e postagens. Não deixe de nos visitar para trocar experiências com nosso grupo e sempre se manter atualizado no mundo do turismo.

Como para muitas pessoas as férias ainda não acabaram e o carnaval está se aproximando, iremos falar sobre uma das mais gratificantes atividades de lazer realizada no período ocioso dos indivíduos, a viagem. Mais especificamente, iremos tratar de um dos aspectos mais decisivos para a escolha de um destino, os custos de locomoção e hospedagem.

Quando pensamos em uma viagem que iremos fazer, sempre existem alguns fatores que norteiam as nossas escolhas. Um dos aspectos que mais limitam nossas preferências é o dinheiro. Justamente por isso, é de suma importância um planejamento financeiro que contabilize o capital disponível para ser gasto e muita pesquisa, a fim de buscar os melhores preços, principalmente em passagens e meios de hospedagem.

É essa pesquisa que irá nos levar a avaliar as tarifas que estão sendo oferecidas no mercado. No caso dos transportes, a diferença entre as companhias de ônibus não costumam ter uma variação exorbitante, contudo no caso aéreo, as tarifas podem sofrer variações enormes por conta de ações promocionais das companhias aéreas. Por isso, é sempre bom estar atento aos sites das companhias e às possíveis promoções.

Já no caso das tarifas hoteleiras, tudo vai depender do conforto desejado e do estado de destino (em viagens domésticas). Assim, teremos tarifas maiores para meios de hospedagem mais luxuosos e preços mais reduzidos para albergues e campings e variações de estado para estado de acordo com a oferta e demanda por hotéis em cada um deles.

A seguir estão as médias das tarifas hoteleiras de todas as capitais brasileiras, obtidos através de dados do Indicator Trend. Elas servem para nortear na escolha de tarifas nessas capitais, além de indicar quais estados possuem uma rede hoteleira mais desenvolvida.

01 – João Pessoa (PB) = R$ 109,62

02 – Campo Grande (MS) = R$ 114,33

03 -– Curitiba (PA) = R$ 126,92

04 – Natal (RN) = R$ 128,54

05 – Goiânia (GO) = R$ 130,44

06 – Fortaleza (CE) = R$ 132,67

07 – Florianópolis (SC) = R$ 134,84

08 – Aracajú (SE) = R$ 135,31

09 – Teresina (PI) = R$ 141,28

10 – Recife (PE) = R$ 146,37

11 – Belo Horizonte (MG) = R$ 146,37

12 – Porto Alegre (RS) = R$ 149,53

13 – Boa Vista (RR) = R$ 150,00

14 – Palmas (TO) = R$ 151,02

15 – Maceió (AL) = R$ 151,67

16 – Vitória (ES) = R$ 153,04

17 – Cuiabá (MT) = R$ 153,77

18 – Salvador (BA) = R$ 153,77

19 – São Paulo (SP) = R$ 168,50

20 – Rio Branco (AC) = R$ 168,90

21 – Macapá (AP) = R$ 179,39

22 – Brasília (DF) = R$ 183,42

23 – Belém (PA) = R$ 184,24

24 – Manaus (AM) = R$ 191,19

25 – Rio de Janeiro (RJ) = R$ 218,75

26 - Porto Velho (RO) = R$224,50

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Revitalização da Lagoa de Araruama

O Blog Visões do Turismo retoma suas atividades no ano de 2009 com uma matéria feita para a 12 ª edição do Jornal Convés.

A Lagoa de Araruama envolve os municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Araruama, Saquarema e Arraial do Cabo e com seus 220 m2 de superfície, a lagoa e seu entorno têm suas múltiplas funcionalidades.

Ecologicamente falando, a lagoa é o maior ecossistema hipersalino (supersalgado) em estado permanente do mundo. Coloquialmente, para nós, o que importa saber, é que este paraíso singular pertence à nossa região e deve ser devidamente valorizado e conservado.

Por ser patrimônio natural da região, a população local recebeu com otimismo a notícia da conclusão da primeira fase de revitalização da lagoa. Com o término desta primeira etapa, as garantias de vida marinha e a navegabilidade no Canal do Itajuru são reais.

Os benefícios para a região estão em todos os segmentos. O efeito multiplicador de uma ação como esta é de extrema valia para diversos setores da economia local. O retorno da pesca é o exemplo mais claro, mas, além disso, a revitalização afetará diretamente o desenvolvimento do turismo na região.

Nas áreas ambiental e turística, podemos citar o projeto de criação do Parque da Costa do Sol, que protegerá integralmente 27 ecossistemas na região entre Saquarema e Cabo Frio. Este, caso seja concretizado, será o primeiro parque segmentado do Brasil. Implementar parques, para muitos, é uma das alternativas para a conservação sustentável de grandes áreas ambientais, principalmente com a contribuição de um turismo planejado e sustentável.

O turismo é considerado uma das diversas vocações da lagoa. Com o retorno da navegabilidade ao Canal do Itajuru, o turismo náutico poderá alcançar altos níveis de desenvolvimento na região. Junto a este segmento, a prática de esportes náuticos também se expande e conseqüentemente a produção de eventos esportivos. Ciclicamente, estes processos se sucedem desencadeando um efeito positivo para a economia local. Agregado a este efeito, emerge a conscientização de muitos para a conservação do meio ambiente na Lagoa de Araruama.

A lagoa banha diversas áreas da região, nas quais se deslumbram maravilhosas paisagens. Podem ser enumeradas diversas praias que são banhadas por suas águas, como a Praia do Siqueira, do Sudoeste, de Iguaba e da Figueira. Além das praias, outros atrativos se encontram na Região Hidrográfica da Lagoa de Araruama, como as Dunas e o Canal do Itajuru, as Salinas e a Reserva Ecológica de Massambaba.

Suas riqueza e beleza dão à Lagoa de Araruama e à toda Costa do Sol as devidas honrarias de região turística indispensável a qualquer roteiro. A visitação não se limita aos que a visitam, mas também, e principalmente, aos residentes da região que têm a lagoa como berço, símbolo e fonte de vida.