Dentro desse contexto, me ocorreu o seguinte questionamento:
“Apesar de uma atitude louvável, seria uma campanha de entrega de sacolas plásticas nas praias, suficiente para comportar a histórica ignorância cultural que faz com que as pessoas transformem o mar em sua grande sacola de lixo?”
Com certeza, não!
Além dos grandes prejuízos causados à natureza, esse quadro caótico, como já foi citado, acontecia em um dos locais mais visitados por turistas no Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar. E como fica a imagem da cidade? Será que só mesmo a violência tem afastado os turistas?
Minutos depois, enquanto eu registrava esse problema, fotografando, na outra ponta da praia, um banhista resgatava um pingüim, provavelmente afastado de seu habitat natural graças às correntes marítimas El niño e La niña, aquecimento global e conseqüente derretimento das calotas polares e etc**. Infelizmente, o ato heróico do homem foi tardio, o pingüim já estava morto.
Somando a esse caos ambiental, ao mesmo tempo em que eu escrevia o presente artigo***, fui “atropelado” por um enxame de abelhas, liberado por um jogador de “frescobol”, típico esporte das praias cariocas, que em uma brincadeira infeliz deu uma raquetada na colméia alvoroçando os insetos.
Portanto, com o homem cada vez mais invadindo e destruindo o habitat natural dos animais e plantas, poluindo o meio ambiente indiscriminadamente e formando um verdadeiro furacão de atos vergonhosos por parte da humanidade, passa pela minha cabeça um questionamento que faz todos os anteriores parecerem de fácil resposta e com o qual vou encerrar minhas palavras:
“Até quando a natureza suportará?”
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